Movimento Fashion Revolution: Como fazemos nossa parte
O movimento Fashion Revolution nasceu depois de uma tragédia ocorrida em 24 abril de 2013, na cidade de Dhaka, capital de Bangladesh, quando o edifício Rana Plaza desabou deixando 1.133 pessoas mortas e 2.500 feridas. No local, funcionava um complexo fabril que produzia peças em larga escala para grandes marcas de moda ocidental, em condições de trabalho precárias e com quantidade de trabalhadores muito acima da capacidade da estrutura.

Após o ocorrido, as ativistas e designers Carry Somers e Orsola de Castro criaram o movimento, que tem como objetivo conscientizar consumidores -especialmente de moda- sobre o verdadeiro custo da indústria da moda e do seu real impacto para as pessoas e o meio ambiente, desde a produção até o descarte de produtos têxteis. A proposta também é incentivar a sustentabilidade na indústria fashion, e exigir transparência das marcas por meio do questionamento: “Quem fez minhas roupas”? A campanha ganhou força através das mídias sociais, onde diversos consumidores passaram a fotografar suas peças com a etiquetas a mostra, usando a hashtag #QuemFezMinhasRoupas.
Tag de Rastreabilidade
Nós acreditamos em uma indústria da moda mais transparente, justa e ética e para tangibilizar esse posicionamento, criamos as tags de rastreabilidade que trazem o nome de quem modelou e produziu as peças, e um QR Code que direciona à uma página contendo todas as informações sobre a composição e processo de fabricação do tecido usado.

Novas tags de rastreabilidade da Mudha
Produção Local
Todas as nossas peças são feitas localmente, aqui em Porto Alegre, de forma ética e responsável. Isso faz com que possamos conhecer de perto os envolvidos no processo e seus locais de trabalho, facilitando assim o controle sobre os procedimentos e evitando atividades análogas à escravidão. Apoiamos o comércio justo, e por isso nossos costureiros e modelistas trabalham com dignidade, respeitando seu tempo de produção.
Quem faz sua Mudha?
“É meu pai, João Paulo, e minha mãe, Lorena. Eles fazem nossas peças de tecido plano. Meu pai é aposentado e hoje nos ajuda muito, aprendeu tudo com meu vô que era alfaiate e já teve uma confecção familiar. Minha mãe ajuda meu pai, ela começa a produção de todas as peças e meu pai termina e faz o acabamento”, diz Verônica, sócia-proprietária da marca.

João Paulo, alfaiate e pai da Vê

Lorena, mãe da Vê
Além deles, a Ana, que é costureira há 32, também faz parte da nossa equipe. Ana conta que aprendeu o ofício com a mãe, e desde então a costura tem sido sua fonte de renda. “Trabalhar com a Mudha é muito legal. Muitas coisas nós aprendemos juntas”, diz ela, que é nossa parceira há três coleções.

Ana Claudia, costureira e modelista
Esse ano, a Semana Fashion Revolution será de 23 a 29 de abril, e nós estaremos presentes aqui em POA, no dia 26 de abril (quinta-feira), a partir das 15h, na Unisinos Porto Alegre.
Confira a programação completa e venha fazer parte da revolução!